AS ALEGRIAS E TRISTEZAS DE SER MÃE
"De todas as alegrias da Terra e no plano dos humanos—mesmo maior que as mais intensas, como as alegrias do amor e do encontro—, a mais forte para mim, ainda quando não se associam a nenhuma especial excitação, é a alegria de ser mãe.
Num momento milhares de imagens delas me rolaram pela mente. Cenas, cenas e cenas. Então me veio àquela alegria serena, mansa como a garoa que cai, fértil como a chuva fina, acolhedora como a brisa que pede um abraço.
Até os sons—incessantes!—deram lugar a um quase silêncio.
Então fico olhando e vendo que na vida as pessoas que você ama—até os filhos—, já nem sempre podem se encontrar entre elas; e que nem sempre é possível fazer todas reunirem-se à um só tempo—às vezes até é impossível.
Porém, nada disso tem qualquer palavra final ou infelicitadora quando você é posta por Deus numa “janelinha qualquer”, ou em alguma “esquina de observação”, de onde você pode vê-los, e se alegrar ao perceber que cada um corre sua própria carreira, mas você pode vê-los prosseguir sem jamais esquecer; agregar, mas nunca subtrair; avançar, mas jamais sem levar junto aquilo que os fez: seja em sentimentos, seja em valores, seja em amor.
(Adaptação do Texto de Caio Fabio)