SOBRE O JEJUM


Nessa manhã, o texto de Mateus 9:14-17 me encontrou. Ao ser questionado sobre a razão pela qual seus discípulos não jejuavam, enquanto os seguidores de João e os fariseus o faziam, Jesus respondeu: “Podem, acaso, estar tristes os convidados para o casamento enquanto o noivo está com eles?” (v.15). 

Meu coração disparou. Tenho o hábito de jejuar, e sempre tive extrema dificuldade de explicar o por quê. O que me leva a jejuar? 

Nunca desenvolvi uma teologia profunda sobre o assunto. Mas a resposta sempre pronta é: “para estar mais perto de Jesus...”.

Acho que me equivoquei. Nas palavras de Jesus, o jejum, na verdade, registra a distância. Se eu estivesse tão perto de Jesus assim, eu não precisaria jejuar.

É a concepção dessa fragilidade, dessa saudade desesperadora do Criador, que me leva a tentar enfraquecer-me para que Ele me encontre. É a paradoxal celebração da tristeza da ausência. É a constatação de que posso estar a serviço DEle, sem com ele estar.

Jejuar é arrancar um pedaço da carne para gritar com o espírito que somente o Senhor pode preencher meu vazio. Agora eu sei. Jejuo porque preciso que o Noivo venha. Hoje. Aqui. Agora. Amém.

(Pr. Mario Freitas)

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